Caldas Barbosa (1740 - 1800).
Domingos Caldas Barbosa era um carioca filho de um português com uma escrava angolana. Creio que só por aqui nós já podemos imaginar as agruras que não deve ter sofrido o poeta... Você vai encontrar gente dizendo que ele nasceu em 1738 ou em 1739. Sigo a data que Tinhorão informa: 1740, provavelmente 4 de agosto. Em 1763 foi estudar em Lisboa, num colégio de Jesuítas. Chegou a servir como soldado no sul do Brasil. Depois instalou-se em Lisboa, estudando na prestigiosa Universidade de Lisboa. Em 1777 ele se ordenava padre. Foi uma figura ativa de seu tempo. Em 1790, por exemplo, funda a Academia de Belas Artes, antiga Academia de Humanidades e futura Nova Arcádia. Alguns dos nomes mais badalados da época estão nessa congregação: por exemplo Bocage, Filinto Elísio e a marquesa de Alorna (para além do fato de ter sido da lavra desta Academia a publicação do Almanaque das musas em 1793, um dos documentos poéticos mais importantes da época). Em 1798, Caldas Barbosa publica Viola de Lereno e, em 1800, falece.
Quem fala em Caldas Barbosa fala em música. O poeta é hoje o patrono da cadeira nº 3 da Academia Brasileira de Música. Sua contribuição musical deu-se especificamente no âmbito dos lundus e das modinhas. Já em 1777 o poeta se encontrava instalado em Lisboa. Pois então. Disse também, na minha micro-biografia in nuce, que ele foi um nome muito ativo no meio literário da época. Pois então. O lundu é um gênero musical de origem negra que costuma rolar de uma maneira muito próxima das nossas rodas de samba: pessoas ao redor de um solista que puxa a dança. Segundo Silvio Romero, o lundu é variante da modinha, sendo mais entrecortado e lascivo na música e mais explosivo na letra. Já a modinha, como nós brasileiros hoje a conhecemos muito bem, essa modinha é tida como uma invenção de Caldas Barbosa (e, mesmo que não o seja, Caldas Barbosa foi um de seus mais intensos compositores). E só aqui nós podemos ter uma ideia bem clara do alcance de sua obra... Silvio Romero, por exemplo, relata que, pesquisando sobre literatura popular brasileira, ele ouviu frequentemente cantadores analfabetos declamando versos tidos como anônimos mas que eram, na verdade, de autoria de Caldas Barbosa. Só que não se trata apenas de uma questão de popularidade simples; é preciso lembrar que até então a cultura negra era vista como um mundo à parte, algo impossível de ser incorporado à alta cultura vigente (a fenda entre a casa-grande e a senzala...). O sucesso estrondoso dos lundus e das modinhas de Caldas Barbosa é uma mudança de mentalidade ou, pelo menos, o indício de uma permeabilidade surpreendente (e aqui devo relembrar que o poeta fez sucesso na Metrópole).
Nem tudo, claro, foi bem-bom na recepção de Caldas Barbosa. Lá na Academia ele era figura querida. O poeta, que, como era voga, usava o pseudônimo Lereno, costumava tocar às quartas, e essas quartas eram um estouro. Imagine o leitor o frevo que não devia ser: aquela pompa toda incendiada pelo mais genuíno molejo brasileiro! Mas nem tudo, eu disse, foi bem-bom. No meio da troca de farpas poéticas muito em voga então (é diversão garantida que os poetas resolvam trocar ofensas entre si pra quebrar a monotonia da rotina), era comum que as farpas endereçadas a Caldas Barbosa atacassem sua mestiçagem (e quem o nota, muito bem aliás, é Tinhorão na sua biografia sobre o poeta). Veja-se por exemplo este soneto de Bocage, que lhe valeu a expulsão da Nova Arcádia (Bocage partiu de um soneto anônimo que ele julgava ser de autoria de Caldas Barbosa, quando, mais tarde, se atribuiu a um tal de Joaquim Franco de Araújo Barbosa):
Nojenta prole da rainha Ginga,
Sabujo ladrador, cara de nico,
Loquaz saguim, burlesco Theodorico,
Osga torrada, estúpido rezinga;
E não te accuso de poeta pinga;
Tens lido o mestre Ignacio, e o bom Suppico;
De ocas idéas tens o casco rico,
Mas teus versos tresandam a catinga:
Si a tua musa nos outeiros campa,
Si ao Miranda fizeste ode demente,
E o mais, que ao mundo estolido se incampa:
É porque sendo, ó Caldas, tão somente
Um cafre, um gozo, um nescio, um parvo, um trampa,
Queres metter nariz em cu de gente.
Os poemas de Caldas Barbosa conseguem demonstrar com muita clareza aquilo que os críticos de poesia chamam de "poesia saborosa" (Manuel Bandeira, na sua Apresentação da Poesia Brasileira, diz que Caldas Barbosa "É o primeiro brasileiro onde encontramos uma poesia de sabor inteiramente nosso"). Observe por exemplo esta cantiga:
A TERNURA BRASILEIRA.
Não posso negar, não posso,
Não posso por mais que queira,
Que o meu coração se abrasa
De ternura Brasileira.
Uma alma singela e rude
Sempre foi mais verdadeira,
A minha por isso é própria
De ternura Brasileira.
Lembra na última idade
A paixão lá da primeira,
Tenho nos últimos dias
A ternura Brasileira.
Vejo a carrancuda morte
Ameigar sua viseira,
Por ver que ao matar-me estraga
A ternura Brasileira.
Caronte, que chega a barca,
E que me chama à carreira,
Vê que o batel vai curvando
Côa ternura Brasileira.
Mal piso sobre os Elísios,
Outra sombra companheira
Chega, pasma, e não conhece
A ternura Brasileira.
Eu vejo a infeliz Rainha
Que morre em ampla fogueira,
Por não achar em Enéias
A ternura Brasileira.
Do mundo a última parte
Não tem frase lisonjeira,
As três que a têm não conhecem
A ternura Brasileira.
Do mundo a última parte
Foi sempre em amar primeira,
Pode às três servir de exemplo
A ternura Brasileira.
Isso foi composto no século XVIII. E no entanto, parece algo de um sambista do início do século XX, no mínimo. Quanta jovialidade, não é mesmo? Lendo versos como "Vejo a carrancuda morte / Ameigar sua viseira" nós conseguimos sentir o tal sabor que tantos críticos pedem que consideremos. Você pega o símbolo máximo da sisudez, ou seja, a morte, e logo depois diz que essa morte ameigou sua viseira: e o simples uso do verbo "ameigar" já é o suficiente, pois, se quiséssemos um verbo sem sabor algum, poderíamos optar por "abrandar". Noutras palavras, nós sabemos que tem um brasileiro cantando aí, e isso não só pelo fato dele se referir à ternura brasileira; na verdade, ele poderia falar dessa ternura brasileira num poema paradoxalmente repleto de imagens mitológicas. Mas não: ele cria um poema que demonstra opções, por assim dizer, abrasileiradas, ou seja, opções que se acomodam aos volteios do português brasileiro e da própria percepção poética nacional.
Pode, claro, parecer cedo para falarmos numa percepção poética nacional, haja vista que algo assim só começaria "oficialmente", por assim dizer, com Gonçalves de Magalhães (e seu Discurso sobre a literatura no Brasil, de 1836). Mas a poesia de Caldas Barbosa se vincula ao rés do povo, ao rés do chão, e, já a esse nível, elementos nacionais haviam se plasmado de maneira muito intensa à nossa cultura: pelo menos o suficiente pra que Caldas Barbosa inundasse a metrópole com todo um espírito nacional.
Neste poema nós conseguimos também observar alguns traços do que Adriana de Campos Rennó estudou como a carnavalização na obra de Caldas Barbosa. Carnavalização, no caso, valendo-se do conceito bakhtiniano de uma mescla, ainda que temporária e no geral revestida de ares cômicos transgressores, entre a alta e a baixa cultura. Podemos citar como exemplos dessa carnavalização no poema citado o ameigamento da morte ou então a "infeliz Rainha" (Dido) que morria em ampla fogueira por não ter achado a ternura brasileira em seu Enéias. Aqui Caldas Barbosa está fazendo uma referência ao Canto IV da Eneida de Virgílio, uma epopeia de amplíssimo alcance poético em seu tempo. Nesse Canto, a rainha Dido se enamora de Enéias e os dois chegam a ter um caso bem legal e tudo mais. Só que Enéias é o varão predestinado a fundar Roma, e ele não pode continuar ali de fuquifuqui com Dido. Ele precisa partir e cumprir seu destino, seu fatum. E quando ele o faz, Dido fica desconsolada e se suicida queimando-se viva. É uma passagem belíssima, que inclusive levou Santo Agostinho às lágrimas. No caso, Caldas Barbosa brinca com isso e diz que na verdade o que fez com que Dido se lançasse à fogueira foi o fato de não ter achado no seu Enéias a ternura brasileira. Ou seja, ele desanca um elemento da alta cultura, uma referência clássica ao amor, e o contrapõe a um elemento da baixa cultura, haja vista que a ternura brasileira certamente, no século XVIII, não possuía a mesma importância do fatum virgiliano ou mesmo da tragédia amorosa da infeliz Rainha.
Um outro exemplo bem legal do sabor que podemos encontrar nos poemas de Caldas Barbosa está nesse lundu aqui, ó:
Eu tenho uma Nhanhazinha
A quem tiro o meu chapéu
É tão bela tão galante
Parece cousa do Céu
Ai Céu!
Ela é minha iaiá,
O seu moleque sou eu
Eu tenho uma Nhanhazinha
Que eu não a posso entender;
Depois de me ver penar,
Só então diz que me quer
Ai,etc.
Eu tenho uma Nhanhazinha
A melhor que há nesta rua;
Não há dengue como o seu,
Nem chulice como a sua.
Ai, etc.
Eu tenho uma Nhanhazinha
Muito guapa muito rica
O ser fermosa me agrada
O ser ingrata me pica
Ai, etc.
Eu tenho uma Nhanhazinha
De quem sou sempre moleque;
Ela vê-me estar ardendo,
E não me abana c’o leque.
Ai, etc.
Eu tenho uma Nhanhazinha
Por quem chora o coração;
E tanto chorei por ela,
Que fiquei sendo chorão.
Ai, etc.
A última vez em que um poeta conseguiu incorporar de maneira tão eficiente elementos verbais de procedência nacional no plano poético foi com Gregório de Matos. E Gregório, bem o sabemos, era um improvisador de primeira, um poeta que se norteava por um ouvido musical indefectível, de modo que, mesmo que a sintaxe ou algumas expressões de seus poemas nos pareçam obscuras, tudo se aclara quando captamos a tessitura rítmica apurada de seus textos. É o que acontece no lundu de Caldas Barbosa: o poeta não apenas se vale de termos exóticos, à maneira do que, antes, havia sido feito em algumas estrofes da famigerada Descrição da Ilha de Itaparica (refiro-me em especial àquelas referentes às frutas, lá pras bandas das estrofes cinquenta e alguma coisa) e do que seria feito por muitos românticos; ele consegue usar termos nacionais, termos advindos de estratos sociais não-metropolitanos, e os trabalha em sua precisão imagética, referencial e sonora. "Nhanhazinha" não é só um capricho: o que quero dizer é que o poeta lança a teia sonora que uma palavra como "Nhanhazinha" permite para, por exemplo, o "Nh" de "tenho", do mesmo modo que, graças ao diminutivo, cria uma rede afetiva com essa mulher. É algo além de simplesmente falarmos de uma relação amorosa que ricocheteia na figura da mãe (na verdade essa não seria uma boa leitura pois nhanhá, iaiá e moleque são termos de origem negra que significam, respectivamente, menina, moça e menino). Ele traz essa relação precisamente a um âmbito nacional, e, ao invés de dizer, sei lá, que a beleza da amada chega dói, ele diz que ela lhe "pica". Podemos até pensar que se trata de uma mera escolha vocabular, mas a partir do momento em que essa escolha vocabular se mescla num conjunto maior seja no âmbito do poema, seja no âmbito da obra de Caldas Barbosa, o mínimo que se pode dizer é que o recurso a termos e expressões nacionais, em detrimento de recursos poéticos consagrados, implica uma percepção poética distinta e em muitos sentidos inédita.
Além de suas modinhas, lundus e cantigas, Caldas Barbosa também escreveu poemas de outra lavra, em especial a encomiástica, e versificou a Bíblia. Sim, ele versificou a Bíblia. É um livro denominado História sagrada em verso, fruto de sua vida eclesiástica. Não consegui achar nada de muito interessante na tentativa do poeta, que, anos depois, seria seguida por Fagundes Varela em seu Anchieta. Não é uma correlação totalmente disparatada essa que faço pois, de resto, o trabalho de Caldas Barbosa e o de Varela, o de Varela explicitamente, vão de encontro à empresa catequética dos jesuítas em solo nacional, de se tentar difundir a palavra de Deus numa terra de incultos, iletrados, analfabetos (e olha que a realidade na Metrópole não era lá muito diferente disso, hein...). No introito de seu livro, Caldas Barbosa diz, em certa passagem: "Preze-se quem quizer de ser enigma; / Qu'eu fazer que m'entendão só procuro." E não vou negar que, especialmente se compararmos com os padrões de dicção poética da época, o verso de Caldas Barbosa é até fluente...
São muitas as passagens de Viola de Lereno que admiro. É um livro surpreendente. Não consigo concordar com Antonio Candido ao chamá-lo de simples modinheiro sem relevo criador. Antonio Candido está comparando, nesse caso, a poesia de Caldas Barbosa com a intrincada estrutura formal dos madrigais de Silva Alvarenga, mas isso não quer dizer que a poesia de Caldas Barbosa perca em musicalidade ou em inovação. Afinal de contas, se Caldas Barbosa se vale de uma palavra como "moleque" dentro do poema, ele consegue abrir toda uma dimensão sonora e imagética que o uso de expressões consagradas não permitira. E isso é algo que só vai ficando mais intenso, mesmo porque, se fôssemos continuar a comparação com Silva Alvarenga, é verdade que Alvarenga também possui alguns termos genuinamente brasileiros, mas nada que chegue ao ponto de "quingombó", por exemplo.
Pode até ser que o leitor o ache cansativo a certa altura, mas aqui é preciso advertir que nós estamos falando da letra da música, isto é, você precisaria do apoio da música em si para que a letra alcançasse uma dimensão totalmente outra. Além do mais, é preciso ter toda uma sensibilidade para se ler uma letra de música que muitas vezes não teríamos com um poema. A letra de música, ou mesmo seu conjunto, é comum que surja com repetições e paralelismos recorrentes, o que não implica dizer algo supérfluo que poderia ser resolvido, no plano de um poema-poema, seja por cortes e pela busca da concisão, seja por ilações de ordem lógico-poética e/ou expansivo-metafóricas. Se tenho uma repetição numa letra de música, eu nunca tenho uma repetição, literalmente falando. Na verdade, em poema nenhum nós podemos dizer que existe algo assim. O refrão, por exemplo, num lundu de Caldas Barbosa, é mais do que uma repetição que você pode pular pois já sabe o que está sendo dito. É preciso de uma certa razoabilidade aqui, caro leitor: suponhamos que um amigo seu lhe conta um desengano amoroso, e, de tempos em tempos, ele repete a frase "aquela malvada!" Oras: ele vai contando a história e vai lhe dando novas dimensões de seus sentimentos. A cada instante o panorama emotivo é outro e, por conseguinte, a frase "aquela malvada!" é outra...
Na primeira estrofe do lundu que citei, por exemplo, o poeta nos diz como sua amada é bela, no que se segue o refrão. Na segunda, ele diz que ela é malvada, que lhe faz mal por não lhe amar. Na terceira ele mescla, em especial nos dois versos finais, a beleza da sua amada com a malvadeza que acabou de se referir. E por aí vamos. O surgimento do refrão após cada uma dessas estrofes é distinto, pois ele surge após determinado nível emocional ao longo do poema. A queixa do poeta ao dizer que sua amada é bela é uma; após dizer que ela é malvada, é outra; após dizer que é malvada e bela, é outra; e por aí vai.
Mas chega de papo. Saboreiem.
Pode até ser que o leitor o ache cansativo a certa altura, mas aqui é preciso advertir que nós estamos falando da letra da música, isto é, você precisaria do apoio da música em si para que a letra alcançasse uma dimensão totalmente outra. Além do mais, é preciso ter toda uma sensibilidade para se ler uma letra de música que muitas vezes não teríamos com um poema. A letra de música, ou mesmo seu conjunto, é comum que surja com repetições e paralelismos recorrentes, o que não implica dizer algo supérfluo que poderia ser resolvido, no plano de um poema-poema, seja por cortes e pela busca da concisão, seja por ilações de ordem lógico-poética e/ou expansivo-metafóricas. Se tenho uma repetição numa letra de música, eu nunca tenho uma repetição, literalmente falando. Na verdade, em poema nenhum nós podemos dizer que existe algo assim. O refrão, por exemplo, num lundu de Caldas Barbosa, é mais do que uma repetição que você pode pular pois já sabe o que está sendo dito. É preciso de uma certa razoabilidade aqui, caro leitor: suponhamos que um amigo seu lhe conta um desengano amoroso, e, de tempos em tempos, ele repete a frase "aquela malvada!" Oras: ele vai contando a história e vai lhe dando novas dimensões de seus sentimentos. A cada instante o panorama emotivo é outro e, por conseguinte, a frase "aquela malvada!" é outra...
Na primeira estrofe do lundu que citei, por exemplo, o poeta nos diz como sua amada é bela, no que se segue o refrão. Na segunda, ele diz que ela é malvada, que lhe faz mal por não lhe amar. Na terceira ele mescla, em especial nos dois versos finais, a beleza da sua amada com a malvadeza que acabou de se referir. E por aí vamos. O surgimento do refrão após cada uma dessas estrofes é distinto, pois ele surge após determinado nível emocional ao longo do poema. A queixa do poeta ao dizer que sua amada é bela é uma; após dizer que ela é malvada, é outra; após dizer que é malvada e bela, é outra; e por aí vai.
Mas chega de papo. Saboreiem.
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E se você acha que César Menotti e Fabiano foram os primeiros a leiloar o coração, más notícias:
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Os dois volumes de Viola de Lereno você não precisa nem mesmo meter a mão no bolso pra ler: é só clicar aqui e aqui. A História sagrada em verso, aqui. O livro de José Ramos Tinhorão, Domingos Caldas Barbosa: o poeta da viola, da modinha e do lundu (editora 34, aqui), é uma referência extremamente sólida a respeito. O leitor pode conferir uma resenha dele, feita por Assis Ângelo para o jornal A Nova Democracia, aqui. De Adriana de Campos Rennó eu pude ler Além da viola: Caldas Barbosa e o cânon poético neoclássico (Gragoatá, v. 9, n. 17, 2004, aqui) e Batuques em Lisboa (Revista de História, 2010, aqui). Seus livros Caldas Barbosa e o pecado da orelha (editora Arte & Ciência, aqui) e Violando as regras: uma (re)leitura de Domingos Caldas Barbosa (editora Arte & Ciência, aqui) me parecem ser imprescindíveis e excelentes, mas infelizmente tive acesso só até onde as fronteiras do Google Books me permitiu. O verbete sobre o poeta (aqui) no Dicionário de MPB de Cravo Alvin é útil, assim como útil é a nota biográfica no Linguativa (aqui).