Do título.
Isto é; retirado do poema O que dizem ao poeta a respeito das flores de Arthur Rimbaud, dedicado a Théodore de Banville, chefão do parnasianismo francês, e do qual cito as estrofes que vão direto ao ponto:
(...)
IV.
Diz, não dos pampas florescentes
Negros de lutas espantosas,
Mas dos tabacos, algodoais!
Diz das exóticas colheitas!
Diz, fronte branca ao Sol curtida,
Quanto ganha por ano em dólares
Pedro Velásquez, em Havana;
Manda à merda o mar de Sorrento
Onde vão Cisnes aos milhares;
Sirvam teus versos de reclame
Para os despojos dos manguais
Batidos por hidras e vagas!
(...)
Na tradução de Ivo Barroso (Topbooks, 2009). Cito também a tradução de Pedro Ludgero, publicada em seu blog Orfeu de Corpo Inteiro:
(...)
IV.
Fala, não das pampas vernais
Negras de medonhas revoltas,
Mas de tabacos, de algodoais!
Fala das colheitas exóticas!
Não curtes Febo que te curta,
Mas diz a cotação em dólares
De Pedro Velasquez, em Cuba;
Caga p’ra os Cisnes aos magotes
Que avançam no mar de Sorrento;
Do entulho abatido dos mangues
Que ondas e hidras vão remexendo
Sejam tuas estrofes reclames!
(...)
No original:
(...)
IV
Dis, non les pampas printaniers
Noirs d’épouvantables révoltes,
Mais les tabacs, les cotonniers !
Dis les exotiques récoltes !
Dis, front blanc que Phébus tanna,
De combien de dollars se rente
Pedro Velasquez, Habana ;
Incague la mer de Sorrente
Où vont les Cygnes par milliers ;
Que tes strophes soient des réclames
Pour l’abattis des mangliers
Fouillés des hydres et des lames !
(...)
IV.
Diz, não dos pampas florescentes
Negros de lutas espantosas,
Mas dos tabacos, algodoais!
Diz das exóticas colheitas!
Diz, fronte branca ao Sol curtida,
Quanto ganha por ano em dólares
Pedro Velásquez, em Havana;
Manda à merda o mar de Sorrento
Onde vão Cisnes aos milhares;
Sirvam teus versos de reclame
Para os despojos dos manguais
Batidos por hidras e vagas!
(...)
Na tradução de Ivo Barroso (Topbooks, 2009). Cito também a tradução de Pedro Ludgero, publicada em seu blog Orfeu de Corpo Inteiro:
(...)
IV.
Fala, não das pampas vernais
Negras de medonhas revoltas,
Mas de tabacos, de algodoais!
Fala das colheitas exóticas!
Não curtes Febo que te curta,
Mas diz a cotação em dólares
De Pedro Velasquez, em Cuba;
Caga p’ra os Cisnes aos magotes
Que avançam no mar de Sorrento;
Do entulho abatido dos mangues
Que ondas e hidras vão remexendo
Sejam tuas estrofes reclames!
(...)
No original:
(...)
IV
Dis, non les pampas printaniers
Noirs d’épouvantables révoltes,
Mais les tabacs, les cotonniers !
Dis les exotiques récoltes !
Dis, front blanc que Phébus tanna,
De combien de dollars se rente
Pedro Velasquez, Habana ;
Incague la mer de Sorrente
Où vont les Cygnes par milliers ;
Que tes strophes soient des réclames
Pour l’abattis des mangliers
Fouillés des hydres et des lames !
(...)
Creio que os trechos falam por si mesmos. As próximas postagens, todas sobre Shakespeare, mais especificamente até a postagem sobre o soneto 138, são as primeiras traduções que fiz, isso em idos de 2012, creio eu. Depois se seguiram as traduções de Elizabeth Barrett Browning e as restantes. Por favor, divirtam-se.